terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Psicologia e Diminuição da Maioridade Penal no Brasil


O que eu, uma pessoa politicamente envolvida com a nação posso dizer a respeito da Diminuição da Maioridade Penal no Brasil, partindo de meus conhecimentos teóricos em psicologia e de minha orientação política?

SOU A FAVOR da Diminuição DESDE QUE:

1) O sistema prisional brasileiro deixe de ser um sistema PUNITIVO e passe a ser um sistema EDUCATIVO. A Punição, apesar de ser um modelo ou sistema de educação, é o pior e de mais difícil manejo por causar mais e imprevisíveis EFEITOS COLATERAIS, como sentimentos de raiva, comportamentos agressivos, aumento do ressentimento e vários outros sentimentos negativos. Ou seja, a única coisa que temos conseguido com o sistema prisional brasileiro é reforçar o comportamento desregulado socialmente dos indivíduos. Não adianta “enfiar um estagiário de delinquente” na cadeia para que este saia um profissional do crime.

2) O Brasil investir em uma séria POLÍTICA DE EDUCAÇÃO E ASSISTÊNCIA SOCIAL ÀS FAMÍLIAS pobres deste país. Ora é muito simples e visível para quem trabalha com famílias (como eu) enxergar que uma das principais contribuintes para o comportamento marginal é uma família desestruturada. Afinal de contas, o primeiro lugar de educação social de uma pessoa é no contexto familiar e se este estiver disfuncional será mais difícil ter um indivíduo socialmente saudável.

3) Quando houver sérios programas de acesso à EDUCAÇÃO E CULTURA para as camadas mais pobres da população. Não se trata de subsidiar ou cotizar a educação, mas fornecer ferramentas de mobilidade social através da educação. Isso tudo deve ser acompanhado de uma política séria de SEGURANÇA PÚBLICA, pois o fator preventivo deve vir também acompanhado do fator ostensivo (sim eu sou daqueles que não descarta a polícia e o seu papel).

Enfim, eu poderia me ater ao fato de que muitos dizem que não devemos enviar nossas “CRIANÇAS” para a cadeia, mas o fato é que, nossas CRIANÇAS estão matando, roubando, estuprando e estas precisam responsabilizar-se pelos atos de “adultos” que cometem. Afinal de contas, a categoria que nós conhecemos como “criança” é fluída (esse é um dos males da modernidade líquida), sendo que as tecnologias e a superestimulação inadequada tem formados “ADULTOS PRECOCES”. Ou seja, o que nós conhecemos como criança, é uma categoria do século passado – antigamente era-se criança até os 16 anos, hoje aos 12 muitos já tem vida sexual ativa. O que acontece é que, as crianças estão deixando de ser mais cedo, são produtos de nossa vida social desregulada.

NESTE SENTIDO, a não ser que mudemos o Brasil, o nosso destino é sofrer nas mãos de um destino que nós mesmos criamos. Querem prender nossos jovens? Mudem o conceito de justiça deste país!

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