Nancy Pearcey |
Recentemente li um exemplo notável. Em uma certa escola secundária cristã americana, um professor de teologia colocou-se à frente da sala de aula e, de uma lado do quadro-negro, desenhou um coração, e do outro, um cérebro. Os dois desenhos ocupavam partes iguais do quadro. Virando-se para a classe disse: O coração é o que usamos para a religião, ao passo que fazemos uso do cérebro para a ciência.
Uma história apócrifa? Uma caricatura de anti-intelectualismo cristão? Não, a história foi narrada por uma jovem que naquele dia estava na sala.
Pior, entre uns duzentos alunos, e ela foi a única que contestou. Pelo visto, os demais não acharam nada incomum restringir a religião ao domínio do "coração".
Na função de pais, pastores, professores e líderes cristãos de grupos de mocidade, vemos constantemente os jovens humilhados pela contracorrente de tendências culturais poderosas. Se tudo o que lhes dermos for uma religião do "coração", não serão bastantes fortes para se oporem à isca de ideias atraentes e perigosas. Os jovens crentes também precisam de uma religião do "cérebro" - educação em cosmovisão e apologética - para equipá-los na análise crítica de cosmovisões concorrentes que eles encontrarão no mundo a fora. Se estiverem prevenidos e armados, os jovens pelo menos terão a chance de lutar quando forem a minoria entre os companheiros de classe ou colegas de trabalho. Educar os jovens a desenvolver uma mente cristã já não é opção; é parte indispensável do equipamento de sobrevivência."
Nancy Pearcey. Verdade Absoluta. Pp. 14-15.
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