Não perderei tempo neste começo de texto tentando situar a pessoa histórica ou espiritual de Cristo, muito menos a sua identidade (se é Filho de Deus, profeta, sábio, um líder político ou etc), também não me aterei a pontos dogmáticos ou doutrinários do Cristianismo moderno e de suas vertentes. Ater-me-ei somente ao Jesus que deixou um legado de mais de 2 mil anos de história para a humanidade.
Esse personagem empreendedor que treinou 12 homens para espalhar a sua mensagem em toda a terra, é sem dúvida digno de crédito em suas palavras, mas o que me traz a revolta para a presente reflexão é a perda da pureza de sua mensagem original – Voltemos 2 mil anos na história:
Um homem que andava a pé em uma terra seca, cercado por todo tipo de pessoa e que, mesmo tendo “fama” nunca se passou por estrela, estava sempre pronto a ouvir as lamúrias dos sofredores e a orientar as pessoas que o procuravam. Também não era a figura docilmente idiota que a pós modernidade midiática prega: Quando foi necessário usar o chicote para expulsar cambistas de um lugar sagrado ele o fez sem nenhum peso de consciência.
A sua humildade não consistia em diminuir-se de suas qualidades – quando o assunto era sua missão ou personalidade ele dizia “Eu sou o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, mas isso é coisa de teologia.
O que me faz escrever esse texto é a ânsia de lançar luz à mente de pelo menos algumas pessoas que ainda tem capacidade de reflexão e crítica: Comparemos o Cristianismo de Cristo com o cristianismo de pregadores popstar’s de hoje:
1. O Cristianismo de Cristo foi vivido fora de templos, ele não passava horas reunido com seus discípulos em lugares fechados lendo homilias, ele juntava seus fiéis à beira de lagos, rios, desertos, no meio de cidades, na porta das casas, nas estradas. O CRISTIANISMO ERA PEREGRINO E ESSENCIALMENTE MISSIONÁRIO.
2. Cristo passava mais tempo vivendo do que pregando. A SUA VIDA ERA A ESCOLA E AS SUAS PALAVRAS ERAM MERAS EXPLICAÇÕES DE SEUS ATOS; Ele raramente fazia uso de sermões – como o sermão da montanha, por exemplo, (Mateus 4). O verdadeiro Cristianismo não era alienado ou dissociado da prática vivencial, isso fazia a diferença dele entre todo o panteão Greco-romano da época.
3. Cristo era agente de transformação social – Ele curava doentes, libertava possessos, ressuscitava mortos e renorteava vidas, utilizando-se de um poder que lhe era próprio, de filho nato de Deus. O que nossos advogados, médicos, psicólogos, políticos, pedreiros, vendedores “filhos de Deus” tem usado de seus poderes para a sociedade hoje.
4. Resumindo: O Cristianismo de Cristo era dinâmico, peregrino, atualizado, o cristianismo de Cristo era instrumento de transformação de vidas, de muitas vidas, era a pedra fundamental do edifício da salvação terrena e espiritual.
O evangelho é obra completa para a salvação da alma, do corpo e do espírito, e DEVE PROMOVER MUDANÇA SOCIAL. Cristo passou mais tempo de sua vida andando, curando, libertando vidas, ensinando do que falando, CRISTO FAZIA.
O toque deste texto é CRISTO NÃO PRECISA DE 10 MIL IDIOTAS ÚTEIS REUNIDOS EM UM TEMPLO DECLARANDO AMOR PARA ELE COM UMA BELA CANÇÃO, Cristo precisa de 10 mil valentes com UMA MISSÃO: Remir esta terra.
Envolva-se com o próximo, denuncie a mentira pela verdade, fale a linguagem do amor, e só assim viverá a vida do seu Cristo. Não seja mais um idiota útil: Viva antes, fale depois, ame onde não houver como amar, erre, mas peça perdão (Você também é humano), mas antes de tudo, viva para transformar essa realidade doentia de um mundo cruel.
E nunca se esqueça: A omissão da luz em tempos de trevas é um grande pecado pelo qual prestaremos conta diante do grande trono branco.
Soli Deo Gloria!
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